segunda-feira, 13 de abril de 2009

As The Times Goes By…


Dizer que o tempo voa… parece ser mais uma daquelas frases de cliché, é tão banal quanto dizer eu te amo ou és a mais bonita de todas! Certas frases perderam a sua “objectividade” com o passar do tempo, por acção directa dos homens, a banalidade por sua vez, “temporizou-se”. A pressão e o tempo andam de mão dadas 24 horas por dia, a pressão aumenta a cada minuto que passa, um minuto perdido, significa um desejo, ou conquista a menos. O tempo contrariamente que muita gente pensa e crê, não voa, passa consoante o ritmo estabelecido, somos nos seres ditos “iluminados” que não prestamos atenção a sua passagem, e quando ela já leva vantagem reclamos porque passa rápido ou porque a sua passagem é lenta e demorada, o segundo caso aplica-se mais na nossa juventude, quando a pressa de sermos adultos levamos a desejar que ela passe num piscar de olhos. Ao tempo atribuímos as rugas, as mágoas, as tristezas, os quilos extras, os cabelos brancos, enfim o tempo é o eterno depósito de culpas. O tempo é um precioso aliado, “O tempo é uma dimensão indissociável da vida, que deixa marcas visíveis em cada um, impõe a realidade de nosso limite e finitude e, talvez por isso mesmo, esqueçamos tanto dele.” Hoje falo do tempo, porque recentemente voltei a ler uma notícia sobre Randy Pausch “Ultima Lição” para quem não sabe, o Randy Pausch, é um professor de informática na Universidade de Carnegie Mellon, do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, deu a última aula perante um auditório repleto, depois de recentemente lhe ter sido diagnosticado um cancro maligno no pâncreas, restando-lhe poucos dias de vida. Mesmo depois de uma terapia excessiva que lhe retirou parte do estômago e do intestino e depois de várias sessões de quimioterapia, Randy Roush prepara-se para aquela a que chamou: ‘ A última aula’. A aula pode ser visionada na internet e já recebeu milhões de internautas, estima-se que cerca de seis milhões de pessoas já viram o vídeo no youtube. Ao ver o professor a leccionar no Carnegie Mellon ninguém diria que o professor de informática, pai de três filhos, sofre de uma doença terminal. «Se eu não pareço tão deprimido como deveria, desculpem desapontar-vos», diz o professor de informática, para os ouvintes que lotaram o auditório de Carnegie Mellon. «Estou em muito boa forma neste momento (…). Na realidade estou em melhor forma que muitos de vocês», acrescenta Randy Pausch. Como reagirias se te informassem que tinhas menos de 6 meses de vida? Como preparar acontecimentos à distância? De organizar um grupo de acontecimentos que tenham uma construção, uma lógica, um começo e um fim. Como planearias o pouco tempo que falta, com quem passa-lo. Francamente eu não sei responder, o que faria, e nem mesmo se teria forças, ou melhor uma força de vontade inabalável com o do professor Randy Pausch, mas uma vez recuperado do choque, procuraria, não culpar ninguém, de imediato iniciaria a minha ultima grande missão no pouco tempo que disponho, que é fazer feliz a todos que amo nesta vida, perdoar todos que me presentearam com o mau, aproveitar o tempo que disponho para respirar e viver em harmonia, comigo e com tudo e todos ao meu redor, repararia os erros que pudessem ser reparados, falarias para as pessoas tudo que sempre pensei, e quis para falar para eles, com calma e tranquilidade, sem rancor, mas sobretudo faria paz com mos meus demónios pessoais, e nesse pedaço de tempo que é somente meu, realizarias os sonhos que tivessem ao meu alcance, abriria os braços e respiraria o ar puro das Himalaias, atravessaria a Grande Muralha da China, pelo caminho devolver todos os sorrisos, que ao longo da vida não retribui, e quando o meu tempo esgota-se neste “plano” partiria com um sorriso, sem dramas ou choros. Creio que este seria o meu legado, é normal ter medo da morte, já que ela tal como a passagem do tempo é inevitável, a morte e o tempo são as duas coisas neste mundo sobre quais o dinheiro não tem poder algum. Já que não podemos evita-lo, devemos encara-lo não com fim, mas como inicio. “O ser humano, entretanto, vive dentro do tempo, armando ciclos infindáveis que se seguem uns aos outros e que lhe permitem demarcar e ordenar sua experiência. Isso é assim porque, nesses ritmos de compasso variado, o sujeito representa – entre interrupções e conexões, entre a luz do dia e a escuridão da noite - constrói a consciência do tempo.”
O tempo é irreversível e não pára, por isso que é tão precioso.

O talentoso Carl Lewis Hamilton… O Filho da Determinação!


A façanha protagonizada pelo Hamilton, haveria de chegar um dia (pelo que representa círculo da vida) e chegou tão rápido quanto a sua meteórica ascensão ao Olimpo da F1. Quem teve o privilégio de assistir ao final de uma corrida mais emocionante desde que eu vejo a F1, pude testemunhar a consagração do mais novo campeão de mundo de sempre da F1, negro, e de nome Carl lewis Hamilton. O nome Carl Lewis, não é estranho, nem novo no panorama do desporto internacional, muito antes da chegada triunfal do D.Lewis 2º já outro Lewis era, notícia pelas suas façanhas nas pistas de atletismo de todo o mundo. Carl Lewis, apelidado de "filho do vento", ajudou a transformar as competições num show planetário de milhões de dólares. Sua fama pode ser medida pelas contas bancárias. Carl Lewis, foi senhor absoluto das pistas de atletismo nas décadas de oitenta e noventa. Começou a despontar em 1984, nas Olimpíadas de Los Angeles. Disputou quatro Olímpicas e se despediu em 1996, em Atlanta com nove medalhas de ouro. Décadas antes outro negro de nome Jesse Owens nos jogos de 1936 em Berlim: Ganhou quatro medalhas de ouro nas provas de 100m, 200m, 4x100m e salto em distância. Ainda registrou marcas estupendas. Diminuiu em 10 e 20 segundos índices nos 100m e 200m, e no salto em distância marcou 8,54m, mas mais que esse feito, fez o Anticristo do Hitler sentir o doce ferroada da derrota. O dia 2 de Novembro de 2008 vai ficar na memória de todos os amantes da F1 pelo este mundo afora, não pelo brilhantismo da corrida, mas pelas últimas voltas, um final impróprio para cardíacos, quando a chuva caiu em Interlagos, o Brasil acreditou que era possível o Massa ser campeão, mas a raça do Hamilton sobressaiu. O talento é um dom com qual nascemos, não é algo que se” compra num supermercado”, apôs a vitoria do Lewis, li varias reportagens na internet, nos jornais diários, nos fóruns, a quantidade de pessoas cuja mente ainda se encontra poluída é assustadoramente imensa, li comentários racistas, justificações, e argumentos inacreditáveis. No fundo o que dói a essa “gente” é a vitória de um negro, (maldito inventor dessa palavra) com talento e virtuosismo, a competência e persistência falaram mais alto. Generalizações abusivas revelam geralmente falta de discernimento ou, perdoe-me, inteligência... as teorias “patrocinadas” por alguns jornalistas, são provas disso mesmo. A glória dura uns breves segundos, ainda assim o feito conseguido por Lewis vai perdurar para sempre pelo seu significado, quando a inveja e a frustração são utilizadas para menosprezar o feito alcançado com trabalho e dedicação, então a vitoria se torna imortal. No desporto, o racismo não pode e nem deve ter lugar, e para aqueles que pensam e julgam as pessoas pela cor da sua pele, dedico a vitória do prodígio Inglês estendo-o também para aqueles cujas mentes se encontram petrificadas, para que possam entender, que "Cada homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre para perseguir seu próprio interesse a sua maneira, e colocar sua diligência e seu capital em competição com os de qualquer outro homem". Adam Smith
Desde que continue a “responder” na pista, aqueles que o critican, podem “espernear” “agredir” verbalmente que isso em nada vai alterar o cenário apocalíptico para alguns: o Carl Lewis Hamilton veio para ficar, mais que ficar, ele vai continuar a maravilhar-nos com seu imenso talento, vencer em nome de todos aqueles que amam o desporto sem preconceito de raça, cor ou sexo. Sou negro com muito orgulho, como outros terão orgulho na sua raça, não advogo em defesa do Hamilton ou qualquer outro porque são negros, brancos ou amarelados, saio em defesa da justiça, da verdade, como sempre fiz e farei. Vibrei com o triunfo do Hamilton, tanto quanto vibrei com os feitos extraordinários de Michael Phelps, nos jogos Olímpicos em Pequim.

Senhor Esperança!


“E para aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica de nossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e firme esperança.”

Nos últimos meses o mundo girou a 180º tremeu tanto, que muitos imaginaram uma nova ordem mundial: A velha e boa Anarquia Total. Foram tantas as crises económicas, fraudes e falências de instituições bancárias, de seguradoras, de empresas de grande porte, que o receio não era mais quem ia falir, mas onde e quando. Foi nesse cenário no mínimo apocalíptico que os Estados Unidos foram as eleições presidências, entre o velho herói de guerra o republicano John McCain, e o democrata raizing star Barack Obama.
Lembro-me da primeira vez que o ouvi e vi pela primeira vez na TV Portuguesa (RTP1) até então desconhecido (para mim) o senador Barack Obama, presente na minha memória a profecia sob palavras da jornalista que fez a reportagem sobre ele dizia então: “ De longe parece mais um candidatado, mais basta vê-lo de perto, para entender que é apenas uma ilusão, porque o senador Obama pode muito bem ser o próximo presidente dos Estados unidos, primeiro negro a conseguir tal feito” Quatro anos volvidos eis que a previsão da jornalista se tornou realidade, o senador de Illinois, é agora apenas e só o homem mais poderoso deste planeta, o mundo acordou diferente, porque no país que tem a democracia mais próximo da perfeição tudo é possível, a vitória do Obama só vem a reforçar isso. A mudança chegou, de uma forma avassaladora, bastou um “Yes, we can! ” o slogan da campanha do democrata que contagiou a América e o mundo. Admito que o partido Republicano não me é indiferente, mas os métodos, a politica externa foram desastrosas, eu Malam confesso, fui a favor da intervenção militar no Iraque (não pelas ditas armas de destruição maciça, mas sim pelo o Saddam e o seu gang) também fui a favor da política que caçava terroristas, (convêm lembrar que o que para um é um terrorista, para outro é um lutador de liberdade, mas esses bárbaros desalmados, não são FreedomFigther, são um bandos de assassinos fanáticos que matam em nome de Deus, que religião é essa que manda matar? O Islamismo nada tem haver com este métodos bárbaros e horrendos) Eu sou e sempre fui apologista que um mal não pode ser corrigido com outro mal, no entanto eu apoiei sim, o Bush, nessa cruzada contra o suposto “Eixo do Mal” as armas nunca foram encontradas é verdade, mas alguém me pode dizer a onde têm saído as bombas que tem matado muita gente inocente no Iraque? Será que somos assim tão inocentes a ponto de não desconfiarmos das influências da Síria, e do Irão na matança civil no Iraque? Eu vejo mudança em Barack Obama, não se trata de ser negro, ou mulato, o feito do Obama ultrapassa todos os limites cromáticos e étnicos. A mudança era necessária, o mundo espera isso do Obama, MUDANÇAS, ele esta mandatário, e creditado para fazer a diferença em nome de todos quanto são crentes em Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O 11 de Setembro, e o 11 de Março foram fatalidades que o mundo, e especialmente a América não foram capazes de lidar, e nem podiam estar, a atrocidade dos atentados era impensável, não estavam nos planos de ninguém, por isso todos demos ao Bush com devidas excepções licença para radicalizar, e foi que ele e a sua equipe fizeram, por isso é necessário aprender que não podemos dar um cheque em branco, a qualquer um, mas felizmente que o Obama, não é apenas mais um, ele é a esperança, mais vamos com calma, ele ainda não é o santo milagreiro que tanto ansiamos, ele terá que saber; Aqueles que hoje nos elevam a condição de Deus serão os mesmo que amanha nos vão chamar de Judas! Ainda estamos extasiados com a vitória do Obama, mas o seu espaço de manobra, ainda que muito, vai ter que coabitar com a complexidade da política americana, é preciso ter a noção clara que ele vai herdar uma situação económica apocalíptica, o ambiente social é tensa, há crises por todos os cantos deste planeta, a relação com a Rússia, esta mais fria que nunca, a “Guerra Fria” dá sinais de quer voltar, qual será sua política em relação ao meio ambiente? O mundo se tornou um lugar estranho, por isso o seu carisma e sentido de liderança serão fundamental, mas como o próprio disse no discurso da vitória; "Se ainda há alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta". Aliás todo seu discurso foi emocionante, o entusiasmo do público foi a prova do mesmo, no entanto a realidade esta ai, o mundo anseia para saber qual vai ser a politica externa que o novo semi-Deus (permitem esta elevação do Obama a omnipresente) para o “velho continente”, para África, Ásia, América Latina, mas sobretudo para o “berço de todos os problemas” o médio Oriente. Que ninguém se iluda, a vida do novo presidente dos Estado Unidos será tudo menos fácil, mas a sua chegada veio como uma brisa leve de primavera, ele é a nova esperança, por tudo isto; Seja bem-vindo senhor Presidente Obama, AND BY THE WAY… “WE BELIVE” MAKE US PROUD AND HAPPY!