quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dia das Sogras


Primeiramente parabéns pelo o vosso dia, espero que não volte a repetir hahahaha brincadeiras a partes, nem todas as sogras são bruxas, e nem todas as bruxas são pessoas malvadas, digamos são pouco amáveis!
Andei a “navegar pala net, e encontrei umas declarações de amor muito “sentimentais” de puro amor as sogras, e ainda falam que os genros e sogras não se amam... maldade das pessoas!

Passei a gostar de água depois que minha sogra morreu... Afogada!

Qual a semelhança de uma sogra e uma onça pintada?

Todo mundo quer preservar, mas ninguém quer ter em casa.

Minha sogra fala tanto, que quando vai à praia bronzeia até a língua.

Procuro cão e sogra perdidos. Recompensa... Só pelo cão.

Eu pessoalmente não tenho problemas com a minha sogra, simplesmente porque ela não EXISTE, mas quando tiver uma, espero ter uma relação maravilhosa com ela, só quero uma coisa dela, na verdade coisa pouca; Que ela fique sempre do meu lado quando tiver problemas com a sua filha.

P.S – Aquela que considerei como sogra, é mãe em todo o sentido da palavra!
Por isso, muito obrigada sogra querida...

“NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS”


Primeiro deixa-me dizer-te que és um mistério digno de ser estudada cientificamente, nunca ninguém vai poder afirmar que te conhece bem, isso é teoricamente impossível, acredito que nem mesmo tu te conheces. Mas enfim esta vida é repleta de mistérios, que jamais serão reveladas. Faz quanto tempo que te conheço? Dois anos creio, mas não parece, usando da pratica do teu curso, achas que sabes quem é o malam, hahahaha, coisa engraçada, porque o Malam é um misto de vários personagens, dogmas, crenças, estilos e sei lá mais o que, um ser irremediavelmente confundido até a ponta dos cabelos que “Só sabe que nada sabe, mas que almeja vir saber algo um dia”. Uma vez disseste que poderias contaminar com tua loucura (eu não te chamaria de louca, alucinada talvez) até hoje continuo sem saber se era uma piada.

Somos tão diferentes que a certa altura as semelha entre ambos são gritante, embora negues. Mas quem sou eu para duvidar? És uma menininha perdida num corpo de mulher, daí as duvidas, e atitudes no mínimo de alguém com medo do desconhecido, mas que ao mesmo tempo sonha voar alto, nisso somos idênticos, o medo do perigo, mas ao tempo é inegável o prazer e o fascínio de desafiar o desconhecido. Apesar da tua “aparente” (repara que o aparente esta entre aspas hahahaha) desorganização caótica ainda mantêm alguma réstias de lucidez que me foram permitindo analisar-te, se não com objetividade, pelos menos com alguma justeza. “Se fosse objecto era objectivo, como sou sujeito, só posso ser subjectivo. Para um “lunático e carente” nada mal não?

Queria te estudar a lupa, isso te deixou furiosa, porque de alguma forma sabias que eu poderia chegar aos teus pontos fracos, uma vez alcançados, não terias com te defender, fostes rápida como uma flecha, mas a precipitada, não te censuro, afinal eu também falhei, perdido entre o meu raciocínio, faltou-me clareza, e como tal nada nem ninguém é impune diante dos seus erros. És brava. Gosto da “nossa” relação como ela é, talvez porque nem é doce nem é salgada, porque assim ela é gratuita e intemporal, que não precisa de promessas, nem se desfaz com birras, desafios e duvidas. Somos, os dois pessoas ordinários, sem amarras impostas pela vida em sociedade. Sei que vais rebater e sobretudo discordar do texto, mas quero que saibas que estarei sempre pronto para te confundir, (hahaha).

P.S – Falei de ti um amigo meu de longa data... Eis o que ele me respondeu;
"Um dia você aprende que...
verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem tem na vida...
aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.

William Shakespeare

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Guiné Bissau E A Valsa da Ignorância


O dia amanhece algo me diz para ter cuidado, aquela sensação estranha toma conta de mim de novo, não tarda as suspeitas se tornam reais tanto quanto a puta de sorte que nos coube. Estou farto dessa merda, farto daquilo que se tornou a terra que me viu nascer, mostrem-me a saída deste abismo imenso, que sina. Já não temos lagrimas para derramar, as palavras de conforto não têm mais significado.

Não há dia que não perguntamos a Deus porque nascemos nós não pedimos alguém nos diga o que fazemos com aquela terra, para sermos sinceros, se dependêssemos de nós teríamos ficado sub a vigilância de Portugal, onde não pensávamos, não existíamos como uma nação, senão uma província ultramarina. Agora somos o nosso pior inimigo, prisioneiros de nós mesmos. Olhamos para os lados, não vemos ninguém para nos ajudar, exagero meu... Vêm sim, para nos lapidar, drogar, e cegar com promessas e mais promessas. Somos alvos de piada até de um Zé ninguém, que se julga um Rapper.

Sabemos que a culpa é nossa, sentimos as lágrimas, as vozes do nosso interior que nos dizem, “sejam fortes, não desistem, tenham coragem para seguir em frente” vão se calando dia pôs dia, admitemos somos fracos, talvez seja esse o motivo pelo o qual as nuvens cinza negras nos acompanham, cada um com a sua sina, cada um com a sua sorte, mas a falta de sorte por si só não justifica toda uma vida de erros, se olharmos para trás e analisarmos detalhamente tudo o que temos feito não nos restara outra senão agüentarmos ao destino que nós mesmos escolhemos, e não é valido o pensamento que erramos ao tentarmos fazer o bem, se assim fosse teríamos corrigidos os erros a segunda tentativa.

Tentativa pôs tentativa, já falamos, explicamos, mentimos, acreditamos, prometemos, traímos, magoamos, e perdoamos uma e outra vez, e nada de acordar para a realidade. A burrice é a palavra de honra do coletivo, sim nesta valsa de horrores ninguém é inocente, somos todos reincidentes, uns com pouca percentagem de culpas. Diz o ditado que não se planeja sofrer, mas esse ditado é mentira, porque a Guiné Bissau esta ai para provar que essa frase é apenas lenda ou para quem quiser um conto de fadas. A dor submete. A dor humilha, mas essa mesma dor deveria ser o estopim para uma mudança de mentalidades. É insano afirmar, mas os Guineenses preferem dor a viver em paz e harmonia, por ventura quem achar que exagerei que prove que estou errado! Não há dor nem desgosto que o tempo não cure, é verdade, quando se tem intimidade com o tempo.

Não estou simplesmente a criticar, mesmo se o fizesse, julgo que tenho motivos para fazê-lo, eu sei que ainda não servi o meu país, para poder ter o direito de ousar a levantar a voz, ou mesmo escrever manifestos contra ela, mas é por amá-la tanto que critico, e nada me dói mais que isso. Não sou mandatário de ninguém, sou apenas mais um Guineense, orgulhoso de o ser, que derrama lagrima ainda que invisíveis, um apaixonado pela magia contagiante da minha gente.

Mas pesar dos pesares... Nunca desistiremos, nunca baixaremos a cabeça, nunca recearemos nenhum homem, nunca seremos escravos, nunca diremos que não conseguimos, nunca, nunca, nunca...